Nom sou nenhum troféu Nom quero as tuas medalhas. ( 8 de março 2017)
Sinto as tuas medalhas cravadas na minha pele. Posso perceber o lastre de seu peso morto pendurado do meu peito enxoito. E a gravidade, Que é lei inexorável, alastra-me ao chão carregada com o duro metal de todas as tuas medalhas ganhadas com cada humilhação em que o meu amor se transformava.
Medalhas como mortalhas pela insistência da tua violência.
Quanto mais eu me dobrava mais tu te crias crescer. Em mim ficou teu amor cravado enterrado no meu pranto em quanto eu abaixo-me e abaixo-me até me confundir com o chão sem um colchão aonde apenas chegar uma raiola de luz.
-“Quanto mais te baixes mais se che verá o cu”
dizem as vozes sábias da koiné feminina -virada inteligência coletiva-.
Por isso eu hoje me levanto, ergo a minha voz e minha i-alma em nome de todas as mulheres com o peito adornado de tantas medalhas. Mortalhas que um amor desgraçado nele foram chantando rachando sua carne amorosa e confiada.
Hoje berro e testemunho, fechando meu punho: Não sou nenhum troféu Que pendurar no muros da tua sala!
Nunca mais uma mulher, por des amor assassinada! Adela Figueroa Panisse de ADEGA(Ecofeminista)
Nom sou nenhum troféu
ResponderEliminarNom quero as tuas medalhas. ( 8 de março 2017)
Sinto as tuas medalhas
cravadas na minha pele.
Posso perceber
o lastre de seu peso morto
pendurado do meu peito enxoito.
E a gravidade,
Que é lei inexorável,
alastra-me ao chão
carregada com o duro metal
de todas as tuas medalhas
ganhadas
com cada humilhação
em que o meu amor se transformava.
Medalhas como mortalhas
pela insistência da tua violência.
Quanto mais eu me dobrava
mais tu te crias crescer.
Em mim ficou teu amor cravado
enterrado no meu pranto
em quanto
eu abaixo-me e abaixo-me
até me confundir com o chão
sem um colchão
aonde apenas chegar uma raiola de luz.
-“Quanto mais te baixes mais se che verá o cu”
dizem as vozes sábias
da koiné feminina
-virada inteligência coletiva-.
Por isso eu hoje me levanto,
ergo a minha voz e minha i-alma
em nome de todas as mulheres
com o peito adornado de tantas medalhas.
Mortalhas
que um amor desgraçado
nele foram chantando
rachando
sua carne amorosa e confiada.
Hoje berro e testemunho,
fechando meu punho:
Não sou nenhum troféu
Que pendurar no muros da tua sala!
Nunca mais uma mulher,
por des amor assassinada!
Adela Figueroa Panisse de ADEGA(Ecofeminista)